segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Eu vi meus Gerais IX: MUSEU CASA GUIMARÃES ROSA


É verdade. Em termos iconográficos, o Museu Casa Guimarães Rosa deixa muito a desejar. Além de poucos objetos relevantes, a composição de cenários com objetos não originais, estando ali apenas por constarem do imaginário mineiro à época que se pretende retratar, pode ser uma decepção a quem aporta à rua Padre João, 744, em Cordisburgo. É como se uma espécie de aura que almejamos experimentar de algum modo se evolasse, malgrado estarmos precisamente na casa em que o escritor nasceu e morou até os nove anos de idade.

Essa primeira dificuldade, entretanto, é amenizada pela simpática monitoria de algum "Miguilim" (grupo de jovens cordisburguenses que têm a vida e a obra rosianas na ponta da língua). Após uma competente demonstração de aspectos relevantes sobre a vida do escritor, ao final da visita, o visitante pode se deleitar com a narração dos mais belos trechos da obra de Guimarães Rosa, que os "Miguilins" trazem de cor!

Além disso, o trânsito livre e informal dos integrantes da Associação Amigos do Museu Casa Guimarães Rosa (composta desde adolescentes a senhoras da terceira idade) pelas dependências da Casa assegura ao museu sua parte na dinâmica amistosa e hospitaleira da cidade.

Depois de um dia inteiro prosiano cadiquim com os habitantes de Cordisburgo, aquela aura rosiana pouco a pouco se mostra e nos envolve, atestando uma poética viva.



***Clique sobre as fotos, para vê-las no tamanho original***























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