quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Eu vi meus Gerais II: Circuito Guimarães Rosa - CHEGADA A CORDISBURGO

***Clique sobre a foto, para vê-la no tamanho original***





Em julho passado, estive por 10 dias na encantadora cidade Cordisburgo, MG, terra de Guimarães Rosa. Objetivava uma pesquisa de campo, visando apreender o universo infantil rosiano, a fim de escrever uma peça de teatro que me foi encomendada.




Programei minha estadia para antes da Semana Rosiana (época em que Cordisburgo recebe pessoas de todos os lugares, entre leitores comuns e acadêmicos, para discutir a obra do filho ilustre). Assim pude vivenciar a cidade no seu ritmo natural, cotidiano.




Certeira foi a minha decisão. Passava os dias passeando pela cidade, conversando com as pessoas, visitando casas, nas quais eu era recebido, sem cerimônias, vivenciando uma hospitalidade inesquecível. Eu disse "sem cerimônias"? Em parte. Porque em Cordisburgo a hospitalidade é antes um rito sagrado de sociabilidade.



Quantas histórias trouxe na bagagem! Quantos amigos fiz! E aquele c
éu demasiadamente claro, não podendo haver nada igual em nenhum outro lugar! E Rosa exalando por todos os lugares, aquela sensação permanente de um milagre que não estamos vendo, naquelas horas em que, aparentemente, nada acontece...




Na chegada, fomos saudados com a aparição de ninguém menos que um tucano. O Menino de "As margens da alegria" e "Os cimos" vinha então ao nosso encontro, confirmando que "Era uma viagem inventada no feliz"...




Nesta série de postagens intitulada "Eu vi meus Gerais" (frase de Riobaldo, do
Grande Sertão: Veredas), compartilharei imagens, anedotas, tipos populares... Preciosidades recolhidas nessa viagem modificadora de qualquer sujeito.




Cordisburgo quer dizer "cidade do coração". Estar ali nos faz crer que estamos, decididamente, é no coração do Brasil.


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